REFLEXÕES
O porquê da arte na Educação.
A arte constantemente abre portas para um caminho onde o impossível não existe. Trabalhar a arte na Educação promove inúmeras possibilidades de improvisar, transformar, ir além da superficialidade, enxergar novos horizontes, além de que, abre inúmeras portas para a “construção de conhecimentos” abrindo as portas do imaginário.
As manifestações dinâmicas da arte têm
sua importância que vão além de disciplina
no currículo escolar, além de
que é um produto íntimo da formação humana. Com esta experiência, o estudante nota
a sensibilidade da humanidade quando tem a arte como algo significativo em sua
educação.
Sendo registro histórico da
civilização, ou seja, seus primórdios, a arte é presente quando ainda não se
fazia uso da linguagem textual. Nas cavernas, nas pirâmides, nos templos, nas
pinturas, nas esculturas, e nas antigas edificações sempre de representarão uma
linguagem universal, catalogando seus períodos, suas culturas e suas
manifestações.
Organização do espaço de trabalho.
Muitos
de nós, ainda na atualidade, nos deparamos com a falsa inserção da arte no
espaço escolar, e sua organização, apresenta-se deficitária, pois, apenas na
maioria das vezes as datas comemorativas, e manifestações folclóricas, são
exploradas neste sentido, ainda mais, quando se trata de Educação Infantil.
Nos
outros períodos ou etapas, a Arte, é inserida no meio escolar, de maneira, em
minha opinião, “pobre”, o espaço é organizado, à medida, que se encontra a
necessidade de se “expor” trabalhos, seminários, ou apresentações diversas,
muita vezes monitoradas e “controladas” pelo professor regente, este que por
sua vez, determina o que é, ou o que não é relevante, ignorando o ponto de
vista (no campo da imaginação) de seus alunos limitando sua criatividade e seu
“espaço”, para a criação.
As fases do desenho infantil
As fases do desenho infantil,
segundo Luquet, Piaget e Lowenfeld, são as seguintes:
Realismo Fortuito, Realismo
Falhado e Realismo intelectual e realismo visual.
Realismo fortuito:
A criança em certo
ponto produzirá mesmo acidentalmente uma parecença não procurada, a partir daí
ela passará por uma série de transições até adquirir a totalidade das
faculdades gráficas (intenção, execução e a interpretação correspondente à
intenção) chegando consequentemente ao realismo intencional.
Realismo Falhado:
Esta fase é alcançada
quando a criança chega ao desenho propriamente dito, quer ser realista, mas a
sua intenção entra em conflito com os obstáculos gráficos e psíquicos, que
dificultam a sua manifestação. São exemplos de obstáculos a incapacidade para
dirigir seus movimentos gráficos, o caráter limitado e descontínuo da atenção
infantil e principalmente a incapacidade sintética – quando a criança não chega
a sintetizar num conjunto coerente os diferentes pormenores que desenha com a
preocupação exclusiva de representá-los cada um por si.
Realismo intelectual:
Onde a criança pretende deliberadamente reproduzir do objeto
representado não só o que se pode ver, mas tudo o que ali existe, e procura dar
a cada um dos elementos a sua forma exemplar.
Realismo visual:
É geralmente por
volta dos 12 anos, marcado pela descoberta da perspectiva e a submissa às suas
leis, daí um empobrecimento, um enxugamento progressivo do grafismo que tende a
se juntar as produções adultas, o que “mata” um pouco, ou demasiadamente a
criatividade infantil!
Outras
reflexões
A criança possui seu
modo peculiar de ver a vida, de ver seu mundo em particular, e esta
característica é inerente ao ser humano, que fantasia, que reinventa o que
descobre tudo no seu tempo.
O ato falho que
cometemos, até mesmo por nossa inexperiência, é o de tolher a liberdade de
criar, colorir, imaginar, delimitando padrões que em nossa parca concepção, são
os corretos.
Nós os adultos, matamos dentro de nós, muitos dos sentimentos
encontrados em nós mesmos, quando éramos crianças, e não devemos matar estes
mesmos sentimentos nas crianças de hoje, para que as mesmas, não se tornem
adultos frustrados amanhã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário