“A
relação custo e benefício da educação brasileira rumo à crítica social”
A educação sempre foi e sempre será um divisor de águas
no diferencial de uma nação em termos de crescimento e evolução, aliás, é o
fator que agrega a maior parte dos paradoxos encontrados nessa retórica: O
custo de uma educação de qualidade e seus benefícios em longo prazo. A razão primordial
que baliza essa relação é atribuída ao fato de que nosso governo por décadas
repassa esse oneroso custo, ou esse ônus a desgastada e desinformada sociedade
civil.
Em nosso país notamos a rigidez que o governo impõe a
nossa sociedade no quesito “carga tributária”, aliás, uma das mais altas do
planeta no que tange a uma somatória de cobranças resultante de uma coletânea
de negligências, conhecidas em largo espectro e causadoras do caos que assola o
nosso país de dimensões continentais. Partindo do pressuposto que a educação de
qualidade reduz significantemente a pobreza de um país, melhora a mão de obra,
produzindo pessoas capazes de discernir sobre a sua própria razão de existir,
eximindo completamente o que se sabe da “alegoria da caverna” de Platão, e
desta forma, com o acesso a educação as pessoas tornam-se participantes e
questionadoras da sociedade, podendo desta maneira reivindicar seus direitos e
também exercer a sua cidadania, fato esse que aborrece e incomoda o patriarca
autárquico da nação, o governo.
Ao se falar de custo e benefício nessa surreal equação,
onde as variáveis são o ensino e os educandos, e o resultado uma incógnita,
passamos a rever velhos conceitos relacionados a essa retórica; como a
valorização dos profissionais, além de sua preparação para essa missão não
menos importante, revelando-se desta forma aos nossos olhos, a desastrosa
situação atual vivenciada pela maioria dos defensores da progressão continuada,
ou das fábricas de alienados que se alastram plenamente pelas cercanias,
oferecendo uma péssima qualidade regalada pela desmotivação acelerada e latente
encontrada em todos os envolvidos nessa problemática.
Quando se fala de distribuição de recursos na educação,
ou nas mais diversas áreas sociais, o governo distribui esses haveres
regateados de forma a acochambrar as mais diversas situações sociais ao
funcionamento precário da sociedade civil, sendo que, seus parâmetros visam
apenas essa falsa impressão de funcionalidade, afinal, o custo é alto e não
preza essa mesma funcionalidade, tampouco, a supressão total do analfabetismo
funcional, geral e irrestrito encontrado até mesmo nas universidades, pois,
mesmo esse governo facilitando o acesso ao ensino superior, não prepara
adequadamente esses educandos nas principais fases, ditas fundamentais, para a
evolução pertinente e eficiente em todas as outras modalidades subsequentes,
assegurando dessa forma a logística perfeita e equilibrada em termos de
aculturação, sociabilização e produção no sentido amplo da palavra.
A
destruição de toda essa sequência, ora questionada por muitos pensadores e
estudiosos do ramo da Pedagogia, ainda choca a população em geral, afinal,
nota-se veementemente o solene desprezo advindo desse pai em relação ao seu
filho pródigo, ou seria prodígio? Inebriados pelas sanções alucinógenas
ministradas por longos discursos sobre a temática e problemática da educação, o
povo, não menos alienado ainda sonha com o Camaro amarelo.