- QUER SABER ONDE EU MORO?
Este projeto , além de inspirado no artigo científico ANALISANDO AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM GEOGRAFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL de minha autoria, foi desenvolvido com as minhas crianças do terceiro ano E da escola que trabalho!
Neste projeto o assunto "mapa" ou "carta geográfica" foi abordado de maneira divertida e muitos conhecimentos foram construídos acerca desse empreendimento cultural!
Um grande abraço!!
Caius Valverde
E.M. PROFESSORA INÊS RODRIGUES CESAROTTI
JARDIM BONSUCESSO – SOROCABA/SP
Crianças do Terceiro ano E – Professor
Caius Valverde
PROJETO “MAPA DA MINHA RUA”
Eixo: linguagem Oral, Escrita, Desenho
Cartográfico Inicial, Arte e Matemática.
Público: Crianças do terceiro ano do ensino
fundamental.
Conteúdos: Prática de Leitura das “cartas
geográficas”, o espaço, o lugar e a orientação.
Duração: Fevereiro a julho de 2017.
INTRODUÇÃO
O estudo da Geografia que na verdade foi à ciência que mais
evoluiu de maneira significativa, haja vista, todos os acontecimentos ocorridos
na ordem mundial e política, nos alerta a estas mudanças, a globalização, o
livre comércio, as mudanças climáticas, a queda de antigos ditadores, as novas
concepções de família, os espaços geográficos, suas paisagens, as regiões, o
lugar, e se observarmos as mudanças globais e também se a compararmos com as
outras disciplinas ofertadas nas outras modalidades de ensino, notaremos a
presença maciça desta ciência nos meandros do ambiente global.
Nota-se o veemente interesse na releitura do nosso mundo e
nos acontecimentos que ilustram estas transformações, ora históricas, ora
geográficas, tais como a nova organização do globo e seus blocos econômicos, o
grupo dos países desenvolvidos e os países que hoje figuram no cenário mundial
como ascendentes em franco desenvolvimento despertando o interesse dos demais
países pertencentes aos blocos econômicos e políticos mais desenvolvidos os
“ditos de primeiro mundo”, o final da guerra fria, dentre outros fenômenos
políticos e sociais que influenciaram diretamente na transformação do mundo que
conhecemos.
São estes alguns dos
fatores que inicialmente contribuíram “coerentemente” para a mudança de
pensamentos e até mesmo das metodologias e projetos aplicados no âmbito
escolar, tais como a inserção dos educandos nas atualidades mundiais com as
inovações tecnológicas, a extinção da educação bancária na maioria das
instituições de ensino, a progressão continuada, o advento da mídia e sua
exploração em nosso ambiente escolar como fornecedor de vários temas geradores
de pesquisas e ferramentas de construção de conhecimentos, além da informática
e seus sistemas de informação que se encontram presentes em todas as esferas de
nossa sociedade com suas lan houses, na escola nos laboratórios de pesquisa,
além das redes sociais, e a atualização dos conhecimentos dos professores, os
quais devem evoluir profissionalmente, culturalmente e pessoalmente de maneira
diretamente proporcional com base nestas tecnologias.
Nas escolas os
conhecimentos geográficos encontram-se também atualizados neste contexto, e
contam também com a participação eficaz e proficiente de profissionais
envolvidos nas práticas pedagógicas, estas que por sua vez, necessitam
constantemente de revisão e pesquisas para acompanharem tais mudanças, dando
continuidade na prosperidade do ser humano na aquisição de novos conhecimentos,
ou em sua educação.
JUSTIFICATIVA
Este gênero foi escolhido para
despertar na criança o gosto pelos mapas e a sua importância na identidade e
peculiaridades de cada bairro, na sua valorização, na sua cultura respeitando
os conhecimentos do público infantil brasileiro, propiciando através da
aquisição de novos conhecimentos a memorização, atenção e o divertimento.
Os conhecimentos que se encontram interligados em uma espécie
de rede consolidam-se quando aplicados na medida coerente às expectativas de
aprendizado, tanto dos educandos quanto dos educadores, e por se tratar de uma
ciência dinâmica, esta que faz jus a lógica do construtivismo, nos leva a crer
que na complexidade de informações exista a possibilidade de se construir cada
vez mais as concepções de um mundo moderno, dinâmico e atual, para nós educador,
e claro, para os estudantes, desde que as práticas pedagógicas sejam realmente
eficazes e prolíferas para a construção de tais conhecimentos, e do
entendimento de dimensões, espaço, território, mundo e tudo que se relaciona
com ele.
A aula ministrada com todas as ferramentas adequadas tem como
seu objetivo supremo, a elucidação de dúvidas e a farta compreensão dos fatos,
contando sempre com a participação dos alunos e “contextualizando” os conteúdos
para que os mesmos lhes sejam significativos, assim despertando nos educandos a
motivação às pesquisas, e também provocando inúmeras dúvidas em relação aos
mitos e verdades, ofertados por uma mídia voraz e alienante, apesar de hoje
podermos contar com a tecnologia, materiais adequados e de boa qualidade para
que esta trajetória não sofra prejuízo de qualquer espécie, prejuízo
principalmente contraído pelos próprios estudantes em questão.
O
maior desafio é superar as barreiras que impedem os educandos a alcançar o
conhecimento, sendo estas, as mais variadas, tais como:
·
A desmotivação dos profissionais envolvidos;
·
As metodologias retrógradas utilizadas nas instituições, ainda hoje
encontradas na atualidade;
·
O afastamento do saber significativo e relevante, e a aproximação de um
contexto incompreensível para o aluno, distante da sua realidade, pois, é
necessário que se traga o concreto para a sua apreciação para que o abstrato se
faça compreensível;
·
O distanciamento entre a cultura
e quem realmente necessita dela, ou seja, todos.
Estas barreiras impedem sobremaneira o desenvolvimento
cognitivo, o ato de formar as suas próprias opiniões, e a virtude de ter seu
pensamento voltado para a “visão holística de mundo”, extinguindo em seu
caráter a neutralidade em relação aos fatos que o cercam, ou seja, a atuação do
educador é de suma importância para que esta mediação entre aluno e
conhecimento logre seu êxito em todos os seus estágios, transformando este
mesmo aluno em produtor e investigador, assim despertando nele a sede do
conhecimento.
Provendo a este aluno todas as ferramentas disponíveis para
que o mesmo possa construir, definir, reconhecer, ampliar seus conhecimentos,
identificar e atingir a compreensão das disciplinas ofertadas e todas as suas
facetas, ler e compreender as imagens e as intertextualidades tão
enriquecedoras na compreensão dos fatos, certamente se alcançará a excelência
na educação e na construção de seres pensantes.
Conhecendo estes problemas, investigando suas possíveis
causas e propondo soluções que contemplem principalmente a construção de
conhecimentos sólidos, significativos e globais, tenho como desafio oferecer
esta pesquisa, que visa em seu âmago, mesmo que de maneira singela, estudar a
aplicação de uma pedagogia eficaz para a disciplina de Geografia no ensino
fundamental, jamais se esquecendo, portanto, da sua importância na história do
homem na transformação do espaço, sociedade e no mundo.
Antes de iniciar nessa jornada vamos rever o que diz os PCNs
de Geografia:
A Geografia, na proposta dos
Parâmetros Curriculares Nacionais, tem
um tratamento específico como área, uma vez que oferece instrumentos essenciais
para a compreensão e intervenção na realidade social. Por meio dela podemos
compreender como diferentes sociedades interagem com a natureza na construção
de seu espaço, as singularidades do lugar em que vivemos, o que o diferencia e
o aproxima de outros lugares e, assim, adquirirmos uma consciência maior dos
vínculos afetivos e de identidade que estabelecemos com ele. Também podemos
conhecer as múltiplas relações de um lugar com outros lugares, distantes no
tempo e no espaço, e perceber as marcas do passado no presente. (PCN, 1997,
p.99)
Observando todas as situações propostas nos PCNs notamos a
intervenção destas metodologias na formação dos alunos, principalmente com a
sua atuação com o contexto aos quais estes mesmos alunos subsistem, e que,
direta ou indiretamente formam estes mesmos cidadãos em um breve futuro, pois,
neste contexto infinitamente explorável, que as “insinuações metodológicas
subentendidas” e propostas nestes parâmetros são realmente utilizadas, ou
aplicadas.
A GEOGRAFIA COMO CIÊNCIA
Por se tratar de uma ciência que estuda a Terra em si própria e tudo que
a envolve, e também por sabermos que esta mesma Terra é mutável e inconstante, ou
seja, sempre esta sujeita a mudanças de toda ordem, e o homem figura como o
ator principal destas mudanças como agente transformador, ora destruidor, ora
construtor dependendo dos pontos de vista, e tendo como o trabalho, o fator
essencial para a motivação de tais mudanças, notamos as transformações mútuas,
o homem se adapta ao seu meio e o transforma, mesmo de acordo com seus
interesses.
Como então podemos, acerca de tais conhecimentos, aprofundarmos estas
pesquisas e assim conhecer a nossa atuação no meio em que vivemos?
Este é um dos maiores desafios, pois, a atuação do homem é mundial, e
tratando-se de um planeta de dimensões inimagináveis para a pequeneza de nossos
parcos recursos exploratórios na condição de meros pesquisadores, ficamos cada
vez mais dependentes dos recursos tecnológicos para o estudo destas mudanças ou
intervenções humanas na superfície terrestre, mas, como tudo deve ser começado
em pequenas partes, vamos ao início desta pesquisa, o espaço, afinal, quando
tratamos com estudantes devemos exemplificar de maneiras menos complexas para
que os mesmos possam situar-se no contexto inicial em que se encontram e
posteriormente aprofundar-se em estudos mais complexos e detalhados, tal como
um algoritmo descritivo, deve-se ter esta noção de memória organizada não em
“fragmentos desorganizados”, mas, em sequências lógicas de raciocínio, tornando
mais eficiente a apreensão destes conhecimentos.
Objetivos
Ø Ampliar
o repertório literário (nomes das ruas);
Ø Desenvolver
o gosto e o prazer pela arte cartográfica;
Ø Utilizar
a oralidade para se expressar;
Ø Resgatar
a valorização da cultura brasileira.
Etapas ( passo a
passo)
Ø Leitura
de um texto informativo (os mapas, o espaço e o lugar);
Ø Pesquisa
das localidades que serão trabalhadas;
Ø Escrita
das estruturas de tópicos do projeto que está sendo trabalhado ( item a item),
estimulando a escrita, a leitura e a organização das ideias;
Ø Confecção
dos pequenos mapas , ou Cartas Geográficas, que farão parte do conteúdo do “guia
das proximidades - atlas da rua” para a leitura visual confeccionados nas
folhas de sulfite A4, utilizando as técnicas de desenho explicadas pelo
professor, no que tange a escala, a disposição das ruas, os quarteirões, etc.
Ø Reprodução
oral em rodas de conversa visando a troca de ideias, a lista de lojas e
serviços disponíveis em cada lugar, além das características em comum
,encontradas nas ruas, como a arquitetura das casas, suas cores, o paisagismo,
as paisagens e os lugares em si;
Ø As
crianças trabalharão individualmente analisando das características da sua rua,
na sequência o trabalho em equipe unirá os mapas na confecção do “guia das
proximidades”.
Fechamento
Confecção de um atlas de mapas das localidades, onde as hipóteses a seguir
se evidenciam:
- Como chegar até a minha casa?
- Como explicar para um policial onde
moro se um dia eu me perder?
Avaliação
A avaliação ocorrerá de acordo com a participação dos alunos,
percebendo se os mesmo conseguiram assimilar o conteúdo abordado, de maneira a
relacionar nas provas documentais, os mapas e demais produções diversas, na criatividade dos
grupos e a assimilação das ideias propostas, sempre privilegiando a
interpretação dos textos “intertextualizados” com as narrativas, ou seja, sua
conjunção.
BIBLIOGRAFIA
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