domingo, 28 de outubro de 2012

Analisando as práticas pedagógicas em Geografia no Ensino Fundamental.


Analisando as práticas pedagógicas em Geografia no Ensino Fundamental.
Caius Vinícius Valverde de Lima1
 Prof. Cesar Eugênio Gomes2

Resumo

O presente artigo trata da investigação sobre o papel da aquisição das noções de espaço e suas configurações no pleno desenvolvimento cognitivo no ambiente escolar dos estudantes do ensino fundamental em todas as suas etapas. O conhecimento de mundo e suas ambigüidades estão sendo incansavelmente discutidos nos dias atuais e as práticas educativas no contexto geográfico visam em sua excelência à aprendizagem da leitura de mundo essencial para a compreensão do espaço e dos quotidianos das pessoas que nele subsistem. Explorando experiências e vivências culturais dos grupos sociais respeitando as suas peculiaridades, enriquecendo assim a aquisição dos conhecimentos geográficos pelos alunos, sua compreensão e sua percepção de espaço e de mundo.

Palavras-chave: Geografia. Ensino. Aprendizagem. Ensino Fundamental. Espaço e Mundo.

Abstract

This article deals with the investigation into the role of the acquisition of notions of space and their settings with full cognitive development in the school environment of elementary school students in all its stages. The knowledge of the world and its ambiguities are being relentlessly discussed today and the educational practices in the geographical context seek excellence in learning to read the key to understanding the world of space and everyday people who remain in it. Exploring experiences and cultural experiences of social groups respecting its peculiarities, thus enriching the acquisition of geographical knowledge by students, their understanding and perception of space and the world.

 Keywords: Geography. Education. Learning. Elementary School. Space and World

1 Aluno de Pedagogia pela Faculdade de Ciências e Letras AES-ESAMC de Sorocaba/SP.
2 Professor Mestre da Academia de Ensino Superior – ESAMC de Sorocaba/SP.
 INTRODUÇÃO


O estudo da Geografia que na verdade foi à ciência que mais evoluiu de maneira significativa, haja vista, todos os acontecimentos ocorridos na ordem mundial e política, nos alerta a estas mudanças, a globalização, o livre comércio, as mudanças climáticas, a queda de antigos ditadores, as novas concepções de família, os espaços geográficos, suas paisagens, as regiões, o lugar, e se observarmos as mudanças globais e também se a compararmos com as outras disciplinas ofertadas nas outras modalidades de ensino, notaremos a presença maciça desta ciência nos meandros do ambiente global.
Nota-se o veemente interesse na releitura do nosso mundo e nos acontecimentos que ilustram estas transformações, ora históricas, ora geográficas, tais como a nova organização do globo e seus blocos econômicos, o grupo dos países desenvolvidos e os países que hoje figuram no cenário mundial como ascendentes em franco desenvolvimento despertando o interesse dos demais países pertencentes aos blocos econômicos e políticos mais desenvolvidos os “ditos de primeiro mundo”, o final da guerra fria, dentre outros fenômenos políticos e sociais que influenciaram diretamente na transformação do mundo que conhecemos.
 São estes alguns dos fatores que inicialmente contribuíram “coerentemente” para a mudança de pensamentos e até mesmo das metodologias e projetos aplicados no âmbito escolar, tais como a inserção dos educandos nas atualidades mundiais com as inovações tecnológicas, a extinção da educação bancária na maioria das instituições de ensino, a progressão continuada, o advento da mídia e sua exploração em nosso ambiente escolar como fornecedor de vários temas geradores de pesquisas e ferramentas de construção de conhecimentos, além da informática e seus sistemas de informação que se encontram presentes em todas as esferas de nossa sociedade com suas lan houses, na escola nos laboratórios de pesquisa, além das redes sociais, e a atualização dos conhecimentos dos professores, os quais devem evoluir profissionalmente, culturalmente e pessoalmente de maneira diretamente proporcional com base nestas tecnologias.
 Nas escolas os conhecimentos geográficos encontram-se também atualizados neste contexto, e contam também com a participação eficaz e proficiente de profissionais envolvidos nas práticas pedagógicas, estas que por sua vez, necessitam constantemente de revisão e pesquisas para acompanharem tais mudanças, dando continuidade na prosperidade do ser humano na aquisição de novos conhecimentos, ou em sua educação.

A educação deve favorecer a aptidão natural da mente em formular e resolver problemas essenciais e, de forma correlata, estimular o uso total da inteligência geral. Este uso total pede o livre exercício da curiosidade, a faculdade mais expandida e amais viva durante a infância e a adolescência, que com freqüência a instrução extingue e que, ao contrário, se trata de estimular ou, caso esteja adormecida, de despertar. (MORIN, 2000, p.39)




A educação visa em sua totalidade, “naturalmente”, a inserção do indivíduo na sociedade de maneira prolífera e atuante, e as suas metodologias tendem ao aprimoramento do ser humano em sua essência.
Os conhecimentos que se encontram interligados em uma espécie de rede consolidam-se quando aplicados na medida coerente às expectativas de aprendizado, tanto dos educandos quanto dos educadores, e por se tratar de uma ciência dinâmica, esta que faz jus a lógica do construtivismo, nos leva a crer que na complexidade de informações exista a possibilidade de se construir cada vez mais as concepções de um mundo moderno, dinâmico e atual, para nós educadores, e claro, para os estudantes, desde que as práticas pedagógicas sejam realmente eficazes e prolíferas para a construção de tais conhecimentos, e do entendimento de dimensões, espaço, território, mundo e tudo que se relaciona com ele.
A aula ministrada com todas as ferramentas adequadas tem como seu objetivo supremo, a elucidação de dúvidas e a farta compreensão dos fatos, contando sempre com a participação dos alunos e “contextualizando” os conteúdos para que os mesmos lhes sejam significativos, assim despertando nos educandos a motivação às pesquisas, e também provocando inúmeras dúvidas em relação aos mitos e verdades, ofertados por uma mídia voraz e alienante, apesar de hoje podermos contar com a tecnologia, materiais adequados e de boa qualidade para que esta trajetória não sofra prejuízo de qualquer espécie, prejuízo principalmente contraído pelos próprios estudantes em questão.
O maior desafio é superar as barreiras que impedem os educandos a alcançar o conhecimento, sendo estas, as mais variadas, tais como:

·         A desmotivação dos profissionais envolvidos;
·         As metodologias retrógradas utilizadas nas instituições, ainda hoje encontradas na atualidade;
·         O afastamento do saber significativo e relevante, e a aproximação de um contexto incompreensível para o aluno, distante da sua realidade, pois, é necessário que se traga o concreto para a sua apreciação para que o abstrato se faça compreensível;
·          O distanciamento entre a cultura e quem realmente necessita dela, ou seja, todos.


Estas barreiras impedem sobremaneira o desenvolvimento cognitivo, o ato de formar as suas próprias opiniões, e a virtude de ter seu pensamento voltado para a “visão holística de mundo”, extinguindo em seu caráter a neutralidade em relação aos fatos que o cercam, ou seja, a atuação do educador é de suma importância para que esta mediação entre aluno e conhecimento logre seu êxito em todos os seus estágios, transformando este mesmo aluno em produtor e investigador, assim despertando nele a sede do conhecimento.
Provendo a este aluno todas as ferramentas disponíveis para que o mesmo possa construir, definir, reconhecer, ampliar seus conhecimentos, identificar e atingir a compreensão das disciplinas ofertadas e todas as suas facetas, ler e compreender as imagens e as intertextualidades tão enriquecedoras na compreensão dos fatos, certamente se alcançará a excelência na educação e na construção de seres pensantes.
Conhecendo estes problemas, investigando suas possíveis causas e propondo soluções que contemplem principalmente a construção de conhecimentos sólidos, significativos e globais, tenho como desafio oferecer esta pesquisa, que visa em seu âmago, mesmo que de maneira singela, estudar a aplicação de uma pedagogia eficaz para a disciplina de Geografia no ensino fundamental, jamais se esquecendo, portanto, da sua importância na história do homem na transformação do espaço, sociedade e no mundo.
Antes de iniciar nessa jornada vamos rever o que diz os PCNs de Geografia:


A Geografia, na proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais, tem um tratamento específico como área, uma vez que oferece instrumentos essenciais para a compreensão e intervenção na realidade social. Por meio dela podemos compreender como diferentes sociedades interagem com a natureza na construção de seu espaço, as singularidades do lugar em que vivemos, o que o diferencia e o aproxima de outros lugares e, assim, adquirirmos uma consciência maior dos vínculos afetivos e de identidade que estabelecemos com ele. Também podemos conhecer as múltiplas relações de um lugar com outros lugares, distantes no tempo e no espaço, e perceber as marcas do passado no presente. (PCN, 1997, p.99)
Observando todas as situações propostas nos PCNs notamos a intervenção destas metodologias na formação dos alunos, principalmente com a sua atuação com o contexto aos quais estes mesmos alunos subsistem, e que, direta ou indiretamente formam estes mesmos cidadãos em um breve futuro, pois, neste contexto infinitamente explorável, que as “insinuações metodológicas subentendidas” e propostas nestes parâmetros são realmente utilizadas, ou aplicadas.



A GEOGRAFIA COMO CIÊNCIA


Por se tratar de uma ciência que estuda a Terra em si própria e tudo que a envolve, e também por sabermos que esta mesma Terra é mutável e inconstante, ou seja, sempre esta sujeita a mudanças de toda ordem, e o homem figura como o ator principal destas mudanças como agente transformador, ora destruidor, ora construtor dependendo dos pontos de vista, e tendo como o trabalho, o fator essencial para a motivação de tais mudanças, notamos as transformações mútuas, o homem se adapta ao seu meio e o transforma, mesmo de acordo com seus interesses.
Como então podemos, acerca de tais conhecimentos, aprofundarmos estas pesquisas e assim conhecer a nossa atuação no meio em que vivemos?
Este é um dos maiores desafios, pois, a atuação do homem é mundial, e tratando-se de um planeta de dimensões inimagináveis para a pequeneza de nossos parcos recursos exploratórios na condição de meros pesquisadores, ficamos cada vez mais dependentes dos recursos tecnológicos para o estudo destas mudanças ou intervenções humanas na superfície terrestre, mas, como tudo deve ser começado em pequenas partes, vamos ao início desta pesquisa, o espaço, afinal, quando tratamos com estudantes devemos exemplificar de maneiras menos complexas para que os mesmos possam situar-se no contexto inicial em que se encontram e posteriormente aprofundar-se em estudos mais complexos e detalhados, tal como um algoritmo descritivo, deve-se ter esta noção de memória organizada não em “fragmentos desorganizados”, mas, em sequências lógicas de raciocínio, tornando mais eficiente a apreensão destes conhecimentos.


A disciplinaridade ou um currículo disciplinar podem restringir-se apenas ao caráter cognitivo dos fatos e conceitos. No entanto, se a perspectiva a escolaridade é a educação integral, a Geografia deve colaborar com essa meta e pensar em outras dimensões do conteúdo. Ao ampliar o conceito de conteúdo, devem ser considerados também os conteúdos procedimentais e atitudinais, que precisam estar presentes nas intenções do professor de Geografia quando da elaboração da programação da disciplina escolar. (PONTUSCHKA, PAGANELLI, CACETE, 2009, p.108)



Podemos nos surpreender com a história da Geografia quando constatamos que ela exerce uma função de espelho do próprio contador desta história, no caso, o homem, pois, trata-se de pensamentos em geral de como estes mesmos homens fazem a sua história, segundo Pontuschka, Paganelli, Cacete (2009), os historiadores conduzem os acontecimentos segundo as perspectivas em que se colocam perante e no interior do modo como os homens relacionam-se para produzir sua história real.
Os problemas de compreensão desta história e por consequência, a maneira de interpretar os fatos relacionados com as transformações do espaço por este mesmo indivíduo, o homem, são na maioria das vezes os fatores que afastam os educandos da compreensão de sua própria história fazendo-a se distanciar da compreensão das transformações ocasionadas pela humanidade em relação ao próprio mundo e tudo o que compreende esta mesma humanidade, momentos imprescindíveis de uma transformação lógica de espaços, territórios, etc., e neste momento começamos a identificar a relação não proveitosa entre ensino e aprendizagem no âmbito da ciência Geografia, pois, uma vez que os temas de Geografia acompanham e fazem parte de nosso cotidiano, até mesmo, por se tratar de assunto relevante a nossa existência, torna-se relevante a sua popularidade, até mesmo no âmbito midiático, haja vista, as transformações geopolíticas que influenciam em larga escala a opinião de estudiosos, os quais se relacionam profundamente com o tema, e que em muitas vezes nos tentam “elucidar” tais transformações, e nós, por nossa vez, tentamos compreendê-las, porém, não logrando êxito, talvez pela carência de informações em nossos percalços no ensino público ou privado. Como poderíamos então obter esta percepção em relação á fatos tão complexos hoje, se outrora, não obtivemos as informações necessárias até para se compreender um simples mapa mundi?
Enfim a Geografia por se tratar de uma ciência mutante e densa, nos remete a idéia de transformações profundas e de maneira nenhuma lineares, sendo assim, o fator de nossas transformações a liberdade de se construir nova realidade através do trabalho, o qual estabelece a profunda ligação com estas mudanças.
O processo do trabalho tem sua materialidade em formas que ao mesmo tempo em que dele derivam a ele revertem, e são geradas com esse fim. Em se tratando da Geografia, esta materialidade dialeticamente articulada ao processo do trabalho é o espaço geográfico. Espaço e trabalho estão numa relação de aparência e essência: o espaço geográfico é a aparência de que o processo historicamente concreto do trabalho (a relação homem-meio concreta) é a essência. (MOREIRA, 1981, p.85)


Sendo o trabalho o fator preponderante desta relação, homem e transformação, nota-se, que este mesmo homem ideologicamente falando, é senhor de suas atitudes, e construtor de sua história, porém, sempre acarretará mudanças em seu destino, precoces ou não. A efemeridade das relações subjetivas, jamais figurou no cenário humano como detentora de ideais construtivos, apesar de ser significativo, o homem, apesar de ter certa afetividade por seu espaço o transforma ao seu bel prazer, muitas vezes ocasionando a própria destruição.


O ESPAÇO GEOGRÁFICO


A relação entre o homem e a natureza, ou entre o homem e o meio é dada pela técnica, as quais são um conjunto de meios instrumentais e sociais, nos quais nós os seres humanos, realizamos a nossa vida, ou melhor, vivemos, assim produzimos nossas realidades e construímos o nosso meio, ou nosso espaço, sendo este espaço o palco das maiores transformações ou realizações humanas, as quais, a partir das técnicas adequadas de exploração, de pesquisa e de metodologias aglomeram-se e transformam-se na complexa ciência denominada Geografia, mas, sabemos que tais técnicas não são exploradas completamente.


As técnicas têm sido, com frequência, consideradas em artigos e livros de geógrafos, sobretudo em estudos empíricos de casos. Mas é raro que um esforço de generalização participe do processo de produção de uma teoria e de um método geográficos. As estradas de ferro, e depois as rodovias, chamaram a atenção de historiadores e de geógrafos. Tanto Vidal de La Blache, como Lucien Febvre, tiraram partido da noção de progresso técnico na elaboração de suas sínteses. Daí porque eles podem ser considerados entre os pioneiros da produção de uma geografia vinculada às técnicas. Esse também é o caso de Albert Demangeon, quando se interessa pelo comércio internacional. (SANTOS, 1996, p.32)


Apesar de notarmos a preocupação com tais técnicas e a sua relevância na coleta de dados em relação à construção deste espaço ou meio, através do trabalho humano, notamos a complexidade destas informações e notamos também a gama de informações que se é necessária para a elaboração de uma pesquisa de qualidade, afinal, pela imensidão deste planeta, é pertinente dizer que o homem atinge os mais altos níveis de transformação através de seu trabalho, e que seu meio é seguramente adaptado a ele, e assim por diante.
A diversidade de paisagens, ou de elementos naturais, os quais fazem parte do espaço geográfico, tais como relevo, clima, vegetação, hidrografia entre outros fatores significativos, nos faz pensar que todos estes elementos estão logicamente interligados entre si, formando este sistema, sistema qual, dada a sua complexidade, muitas vezes pela intervenção do trabalho humano é amplamente transformado descaracterizando-se do que era originalmente ocasionando transformações muitas vezes irreversíveis e também nocivas tanto ao meio, quanto ao próprio homem.
Mutilando o meio em que vive este homem, através da produção de bens de consumo ou até mesmo para a alocação de sua espécie, fator este que lhe é peculiar desde a pré-história, o homem visa à supremacia de seu crescimento, muitas vezes irracional, transformando espaços naturais em verdadeiras obras regaladas ao surrealismo, haja vista, os barracos nas favelas, este que desfiam até as leis da gravidade de Isaac Newton, e também pela devastação dos recursos não renováveis para a satisfação das classes dominantes mais abastadas e alheias aos problemas reais do consumo irresponsável, visando apenas seu conforto e sua voracidade em consumir cada vez mais, sendo que este consumo ataca ferozmente a qualidade de vida neste frágil planeta e tudo que nele subsiste.
As técnicas e métodos de pesquisas neste âmbito, têm se tornado cada vez mais difundidas e discutidos pelos mais distintos cientistas e até mesmo por empresários que vêem na sustentabilidade a maior razão de nossa sobrevivência no planeta, procurando alterar o espaço geográfico de maneira inteligente e persuasiva, para que se possa transformar este ambiente sem ocasionar a sua destruição.


A dinâmica dos espaços da globalização supõe uma adaptação permanente as formas e das normas. As formas geográficas, isto é, os objetos técnicos requeridos para otimizar uma produção, somente autorizam essa otimização ao preço do estabelecimento e da aplicação de normas jurídicas, financeiras e técnicas, adaptadas às necessidades do mercado. Essas normas são criadas em diferentes níveis geográficos e políticos, mas as normas globais, induzidas por organismos supranacionais e pelo mercado, tendem a configurar as demais. (SANTOS, 1996, p.252)
Sabemos que na maioria esmagadora dos setores privados as questões ambientais e de conotação sustentável, são meros paliativos capitalistas para justificar a ineficiência metodológica na implementação de técnicas oportunas e eficientes para banir a fabricação de produtos ordinários e altamente descartáveis visando o consumismo exagerado, este que por sua vez é o carro chefe do consumismo ou fábrica de sonhos de status, sendo os mesmos métodos amparados por políticas distorcidas e patrocinadas por países que, por sua vez, já destruíram suas florestas e, hoje em dia, vêem nos países menos desenvolvidos uma aptidão fenomenal para o consumismo irracional.
Mas como vivemos em um mundo capitalista ao extremo, logo desconfiamos destas pesquisas e de suas metodologias, e este assunto fica cada vez mais sujeito a alienação das pessoas que realmente são as mais afetadas por tais transformações, os mais pobres de cultura e de bens de consumo, ou os esquecidos.
Esta pequena crítica ao descaso fica por minha conta, afinal o tema espaço geográfico, não é alheio a estas transformações, mas, uma visão social deste espaço se faz necessária e a sua falta realmente nos deixa carentes de soluções mais responsáveis em relação a tais transformações causadas por nós mesmos.


Tanto a Geografia Tradicional quanto a Geografia Marxista ortodoxa negligenciaram a relação do homem e da sociedade com a natureza em sua dimensão sensível de percepção do mundo: o cientificismo positivista da Geografia Tradicional, por negar ao homem a possibilidade de um conhecimento que passasse pela subjetividade do imaginário; o marxismo ortodoxo, por tachar de idealismo alienante qualquer explicação subjetiva e afetiva da relação da sociedade com a natureza. (PCN, 1997, p.105)




Sabemos, porém, que uma das maiores preocupações dos nossos geógrafos, ortodoxos ou não, é a preservação de nosso espaço para que se perpetue a espécie humana na face deste planeta, e que a visão afetiva e subjetiva deste tema é de suma importância na apreensão de conhecimentos para a formação de pessoas capazes de construir um mundo melhor e mais humano, tanto para com nossa espécie quanto ás outras espécies que vivem em nosso planeta, e a importância do espaço geográfico na sobrevivência de ambas, podendo manter uma transformação racional sem causar o extermínio de espécies, conservando as florestas ainda sobreviventes do sistema capitalista, e as utilizando-as de maneira realmente sustentável, como se pode observar em muitos projetos já existentes e em funcionamento.
Em relação aos demais fatores destas transformações em nosso espaço, estes, se dão pela arrogância, inadimplência, irresponsabilidade, negligência, ganância dentre muitos outros vícios de nossos governos espúrios, e de seus comparsas imperialistas que indiscriminadamente atuam de forma destrutiva na construção de uma sociedade alienada em relação aos reais problemas da construção e concepção de espaços geográficos e suas relevâncias na vida humana em geral, e as reais desgraças causadas pela intervenção destrutiva do homem neste contexto.


Conforme já vimos, o entendimento da arquitetura e funcionamento do mundo passa pela compreensão do papel do fenômeno técnico, em suas manifestações atuais, no processo da produção de uma inteligência planetária. Entre estas manifestações, queremos destaca a emergência de uma unicidade técnica, de uma unicidade do tempo (com a convergência dos momentos) e de uma unicidade do motor da vida econômica e social. Essas três unicidades são à base do fenômeno de globalização e das transformações contemporâneas do espaço geográfico. (SANTOS, 1996, p.189)



Sabemos que no começo da história social do homem no planeta, a atuação de sistemas técnicos era subordinada aos lugares e aos grupos humanos, suas tribos, suas comunidades e a sua realidade neste plano, e os indivíduos destruíam muito menos, apesar de transformar seus espaços de maneiras significativas, mas, com o avanço da espécie e sua multiplicação e alastramento no plano terrestre houve a necessidade de que se aprimorassem as técnicas de abordagens e até mesmo de construção deste espaço para que o mesmo, pudesse se adaptar ao crescimento da raça humana e de suas necessidades.
Entendemos que o espaço geográfico é a somatória de transformações ocasionadas por nossa espécie, para a nossa também adaptação, mesmo de forma nociva a nós mesmos e ao nosso planeta, porém, visando nosso crescimento, mas, para que este crescimento seja útil á todos se faz necessária a ampliação de nossos conhecimentos em relação às fragilidades de ambas as partes, e o respeito às diferenças culturais inerentes às pessoas e aos espaços por elas ocupados, visando assim, reconhecer a multiplicidade de ações humanas para a manutenção de sua vida e de sua história, a vida humana e as transformações mundiais ocasionadas por tal fenômeno denominado civilização.



DIDÁTICA E METODOLOGIA EM GEOGRAFIA, PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.


Na sociedade atual e contemporânea, notamos a insuficiência na docência em relação à dispersão aos assuntos relacionados à compreensão de fatos históricos, sabemos que a memória de nosso povo é deveras curta e compromete-se assim dizendo, até mesmo em fatos históricos recentes, os quais são fundamentalmente transformadores de nosso mundo e de nossa realidade, o desafio é se inserir este aluno ao mundo atual e dinâmico que o cerca, e que também o assiste, não dependendo apenas dos livros didáticos como meros manuais de instruções, afinal, não existe receita perfeita ou unânime para a produção de seres investigadores e aulas padronizadas para que se alcance a qualidade esperada neste método ultrapassado que ainda persiste, o de decorar os fatos, datas e dados mecanicamente.
O ensino é democratizado e finalmente está acessível a todos, apenas devemos encarar como desafio a desconstrução de velhos hábitos e a abertura para o novo método de aprendizado tão pregado e discutido por inúmeros autores e pesquisadores.
Os professores buscam seu franco desenvolvimento, e nota-se atualmente no âmbito acadêmico, a preocupação com este novo conceito educacional, não passivo, mais ativo, ou seja, um desenvolvimento participativo e construtor de ideais de crescimento pessoal e profissional.
Segundo HERNADEZ (1998), na globalização ou transdisciplinaridade o que se destaca das demais óticas de ensino nas suas mais variadas versões, é o fato dos educadores se aterem ao que é relevante como a perseguição de novas metodologias, as quais se destacam pela soberania na qualificação de pessoas na aquisição de novos conhecimentos conectados à realidade próxima dos alunos, ou seja, da interpretação da realidade que os cerca, ultrapassar os limites dos currículos.

Tudo isso para favorecer o desenvolvimento de estratégias de indagação e apresentação do processo seguido ao estudar um tema ou um problema que, por sua complexidade, favorece o melhor conhecimento dos alunos e dos docentes de si mesmos e do mundo em que vivem. (HERNANDES, 1998, p.39)


Sabemos que na maioria das vezes, não se atingem os objetivos esperados devido esta distância entre o “relevante e o não tão relevante”, aquilo que realmente importa se conhecer, e aquilo que é pregado sistematicamente no âmbito escolar durante décadas a fio.
As disciplinas são constantemente resumidas a fatos que discorrem da realidade vivenciada pelos alunos, afastando-os do conhecimento que lhes é devido, e que deveria reverenciar a missão educacional concebida aos educadores em questão, ou melhor, os “auxiliadores na construção de conhecimentos”, o educador deveria aproximar o educando do conhecimento e não afastá-lo do mesmo, afinal, as ferramentas ofertadas, disponibilizadas pelos educadores devem ser eficazes para esta construção de conhecimentos globais e unificados para a melhor compreensão do mundo que os cerca.
As estratégias de captação de conhecimentos devem ser potencializadas de maneira tal, que a maioria dos fatos sejam perfeitamente assimilada pelos educandos, tomando como ponto de partida a inovação das opiniões pré-estabelecidas historicamente por questões políticas, afinal, quase tudo foi dito em relação à educação. Esta perspectiva não se interessa no prestígio destas falidas técnicas de ensino e abre portas para a entrada de novas maneiras de se ensinar, haja vista, a gama de oportunidades de comunicação geradas pela globalização, a aproximação dos mundos e a velocidade na transmissão de dados, enfim, hoje o mundo é bem diferente do que era no passado, hoje podemos ter acesso imediato a muitas informações que não poderíamos ter em épocas remotas, assim sendo, não se pode mais admitir no ambiente escolar a mediocridade ou a alienação.
Segundo HERNANDES (1998), nos anos 80, conheceríamos dois fenômenos que se destacariam pela sua influência na educação, os quais, o impacto da revolução cognitiva nas formas de se aplicar o ensino e a aprendizagem e as mudanças nas concepções sobre o conhecimento e o saber derivados das novas tecnologias de armazenamento, tratamento e distribuição de informações, o que nos remete a idéia de que tudo está otimizado de maneira a multiplicar os conhecimentos aumentando a sua compreensão, daí surge o auge do construtivismo, pois, apesar da economia ser controlada pelos mercados financeiros, fato suplementar às mudanças nas relações sociolaborais e da participação ativa do Estado na providência de algumas das muitas necessidades da população, a Educação vem a sofrer mudanças significativas na sua concepção, fato que influenciou na mudança dos projetos, e no interesse pelos mesmos.
A importância do que se ensina e do que aprende na escola, está diretamente subordinada às mudanças sociais.


Tudo dito anteriormente faz com que o conteúdo das disciplinas necessite ser configurado e apresentado por meio de uma variedade de linguagens (verbal, escrita, gráfica e audiovisual) para abrir aos estudantes os processos de pensamento de ordem superior necessários para que compreendam e apliquem o conhecimento a outras realidades. (HERNANDES, 1998, p.72)



Assim sendo, entendemos a necessidade de superar as velhas metodologias de trabalho inovando-as, ampliando a variedade de materiais didáticos e valorizando a participação de pessoas engajadas nestas mudanças, pois, a valorização do profissional é deveras importante para o sucesso deste projeto de vida.
Falando de projetos, ainda observamos a defasagem na problematização e planejamento, sofridas em todo o processo de ensino e aprendizagem e por tudo isso, observamos a atuação destes projetos, na visão educativa que se relaciona profundamente com a Escola e o trabalho escolar, organizando-se de maneira complexa, porém, se utilizados de maneira profícua, realizarão mudanças significativas no desempenho dos estudantes na aquisição de capacidades como a autodireção (iniciativa em levar adiante suas tarefas de pesquisa, a inventiva (criatividade), a formulação e resolução de problemas, diagnósticos de situações e desenvolvimento de estratégias próprias analíticas e avaliativas, a integração, a síntese de idéias, farta pesquisa de dados e referências, a tomada de decisões, pois, é decidido o que realmente é ou não importante para o projeto e a comunicação interpessoal, o mais importante de todos, afinal, o aluno terá de contrastar as próprias opiniões com as dos seus companheiros, enriquecendo o debate e amplificando a construção de seus conhecimentos.
Quando menciono os projetos, devo ressaltar a importância dos conteúdos abordados pelos professores e seus agrupamentos, pois, sabemos que em sua organização, os conteúdos, são agrupados por unidades didáticas, centros de interesse, os projetos mencionados anteriormente, as problematizações e os eixos temáticos, enfim, notamos a importância de todos estes fatores na construção de uma educação de qualidade, e quando falamos em Geografia, notamos a pertinência em se destacar estas matrizes na concepção da ciência em si própria, pois, nota-se o dinamismo tanto na Geografia, quanto nas relações de trabalho pré estabelecidas pelo também dinâmico ser humano, ator principal nesta saga.
O interesse é despertado a partir do momento em que se organizam estes conteúdos com as informações ofertadas pelas diferentes disciplinas nas séries iniciais do ensino fundamental, estendendo-se por todas as modalidades de ensino posteriores, globalizando os currículos.

O método de projetos, bastante utilizado na bibliografia americana nas décadas de 20 e 30, configura-se uma proposta de atividade em atenção às motivações e interesses dos alunos. Originariamente, o projeto dizia respeito a algo específico, caracterizando-se como uma atividade com objetivo definido, considerada valiosa pelos alunos e realizada em meio ao quadro natural ou numa situação real. (PONTUSCHKA, PAGANELLI, CACETE, 2009.p.119)


Sabemos que a apropriação e domínio destes conteúdos, e conceitos científicos na escola que conhecemos são a base da sua estrutura disciplinar, sendo que é dada tamanha ênfase à estruturação destas disciplinas, que se esquece da sua enfadonha aplicação, pois, as quais sempre se encontram quando aplicadas, distantes da idéia da interdisciplinaridade dificultando a compreensão dos fatos e afastando os educandos do conhecimento global destruindo assim qualquer possibilidade de se apreender quaisquer conhecimentos significativos e úteis para a sua vida.
Agindo desta maneira errônea, a alienação se aninha no cerne da educação, causando uma série de reações em cadeia, as quais resultam na falência da educação brasileira do seu povo.
Porém, devemos entender que a idéia principal, que figura na ênfase desta estrutura de matérias de ensino, tais como a Matemática, a História, a Geografia, etc, devem dar ao aluno o mais rapidamente possível a compreensão de tais matérias e suas idéias fundamentais e principais, como consta na Lei 5.692/71


(...) Tal iniciativa causou perplexidade em vários sentidos: pela forma açodada e intempestiva com que foi apresentado; pela quebra do bom senso na relação entre as  duas casas do Congresso; pela contradição entre a “ exposição de motivos”  e os dispositivos adotados; e por  ter, um projeto com essas características, se originado de um intelectual respeitável com um passado político identificado com as forças progressistas.”  SAVIANI ( 1997-196).


Sabendo que é necessário que se aplique uma didática eficiente para que estes alunos possam adquirir mais conhecimentos significativos, fazem-se necessária a participação efetiva de professores realmente adeptos de tal prática educativa, ou seja, pessoas realmente engajadas nas mudanças sugeridas em forma de Lei.
Na educação continuada, na qual observam-se as tais modificações importantes no montante à reciclagem de conceitos e métodos,  cada vez mais se atualizando com estas novas tecnologias e Sistemas de Informação ,metodologias e métodos, este professor notará que seus alunos conseguirão atingir mais rapidamente seu êxito nos seus estudos e na compreensão de tudo o que o cerca, sendo esta metodologia, muito útil para o segmento de seus estudos subseqüentes, tanto dos alunos quanto dos professores, afinal ambos crescem juntos.


A participação é, do ponto de vista metodológico e para quem pensa em uma sociedade com justiça social, uma das grandes questões do mundo atual: todos nela falam, todos a desejam. Qualquer cidadão, incluído políticos, religiosos, empresários, filósofos, educadores... vão estar de acordo sobre a necessidade de participação. Mais significativo ainda é o fato de que essa concordância de todos independe da tendência política, da ideologia ou das crenças das pessoas envolvidas. (GANDIN, GANDIN, 1999, p.56)


Procedendo desta maneira, nós os educadores, estaremos formando cidadãos que participam do mundo em que vivem, pois, a compreensão dos fatos favorece o discernimento e o crescimento pessoal, além de auxiliar sobremaneira no entendimento global dos fatos que assistem as pessoas e aos alunos em questão.


A PRÁTICA EDUCATIVA NA GEOGRAFIA, A CARTOGRAFIA.


A Geografia consiste numa ciência que possui um objeto de estudo amplo que supera em toda a descrição supérflua e efêmera da crosta terrestre, países, continentes e tudo o que lhes corresponde informações, nós, os educadores, devemos nos ater às informações que realmente abarquem as tais experiências espaciais vivenciadas pelos alunos em questão, à que se saber sobre, por exemplo, a cartografia, matéria que até nos dias atuais representa certa cegueira em relação a mapas e representações cartográficas de toda a sorte, sabemos que atualmente encontramos alunos até mesmo nas esferas acadêmicas que quando se deparam com os tais mapas, se surpreendem por não compreendê-los de maneira racional.
Isto ocorre pela deficiência de aprendizado sofrida por estes alunos nas séries iniciais de seus estudos, os mapas, por exemplo, sendo alvo de estudos e material de observações úteis para a localização espacial, e para que as pessoas possam se situar em relação a muitos outros artifícios inerentes da Geografia, e da História também, e, sabendo utilizar adequadamente estas ferramentas, o aluno notará que em sua vida este aprendizado fora útil, afinal, sabemos que os mapas, são amplamente utilizados nos guias, nos shopping centers, no turismo, na organização política, na economia, nas estatísticas, na História do mundo, etc.
A cartografia permite ler e interpretar o espaço próximo ou distante através de símbolos que se relacionam entre si, representando no papel um espaço reduzido, que fornece ao leitor informações que o ajudarão a se localizar no espaço e a compreender os diferentes espaços do mundo e suas dimensões. Esta temática deve ser trabalhada já nas séries iniciais do ensino fundamental, através de jogos e brincadeiras. (MARTINELLI, 1998).
Sabemos a importância da aplicação da cartografia nas séries iniciais, e como isso pode influenciar positivamente no desenvolvimento dos alunos em relação ao aspecto espacial e de localização das mais diversas formas de simbologias conhecidas em nosso planeta, dos mares, territórios, etc, e como os mesmos estão distribuídos no globo terrestre, além de que, poderemos exemplificar de inúmeras maneiras vários fatos históricos e épicos, políticos e sociais.
A cartografia é uma linguagem que expressa fatos e fenômenos observados nos inúmeros locais constituindo explicitamente o importante instrumento de reflexão, compreensão e informação, possibilitando uma gama de conhecimentos estratégicos acerca dos espaços geográficos, permitindo assim a leitura crítica e atualizada de inúmeros fenômenos em diversas escalas.
Fundamental é a inclusão desta linguagem no contexto escolar, afinal, ao ler um mapa o estudante, passa a ter certo domínio sobre a percepção e compreensão de vários fenômenos que se manifestam em sua amplitude, nas mais diferentes escalas, estabelece relações e comparações, chegando a conclusões oportunas, que não teria se não tivesse acesso a tal técnica.
Ler mapas é um processo que começa com a decodificação de informações, as quais devem ser inseridas no contexto escolar desde os primórdios deste projeto educacional.
A leitura, análise e interpretação dos mapas temáticos fazem parte do que se chama “comentário” do mapa. Primeiramente, servem para responder às questões acima expostas, do que? Em que ordem, quanto. Para cada um destes itens que compreendem o comentário, são necessárias as seguintes observações, segundo Martinelli (2003), pode-se compreender que a utilização de mapas temáticos incide com a leitura dinâmica das informações assim ofertadas pelas próprias ilustrações, há a intertextualidade inserida neste contexto, assim, como há a intertextualidade inclusa em tudo que se conhece, afinal, não podemos extrair conclusões simplesmente de meras suposições ou acasos do destino, porém, o mais importante é que nosso aluno aprenda a interpretar as informações e estabelecer as relações pertinentes ao fato descrito em tais ilustrações, ou mapas, analisando seus dados coerentemente e desenvolvendo seu raciocínio de forma coesa.


PARA QUE SERVEM OS MAPAS?


Quando abordo a assunto cartografia, noto a importância desta disciplina na relação aluno e conhecimento espacial, as noções de espaço, e as sua interpretação, afinal, sabe-se que há uma imensa dificuldade em relação à compreensão destes fatores pelos alunos em âmbito geral, a inadimplência em relação a estes conhecimentos, insurge-se desde as séries iniciais do ensino fundamental e estendem-se até aos níveis mais avançados da educação conhecida por todos.
Resultados de várias pesquisas no campo geográfico e também educacional denotam estas dificuldades, pois, a escola não oferece como se sabe, as devidas condições para que o aluno desenvolva estes conhecimentos de forma eficaz e produtiva, nota-se o despreparo de muitos dos profissionais envolvidos na educação e seu descompromisso e em relação às suas próprias aptidões e sua vergonhosa falta de conhecimentos, ou seja, como já foi dito anteriormente, a intertextualidade é imprescindível para que haja a multiplicação do “ferramental” ofertado para os educandos a fim de se transformar meros alunos em pensadores e investigadores por excelência, no entanto, é fato que nossos educadores necessitam sempre da evolução e reciclagem de seus conhecimentos para que possam ofertar decentemente uma educação de qualidade.
Esta realidade aflige o nosso contingente educacional com tudo que ele abarca, e por esta razão, nesta matemática, notamos a desmotivação iminente de todos os envolvidos no assunto.
Os mapas tanto os murais, conceituais, mentais e todas as suas outras modalidades por serem instrumentos pedagógicos, pressupõem a idéia de prática pedagógica, não apenas meros paliativos para a confusão de idéias e saberes discutidos de maneira vazia no ambiente “classe”, ou sala de aula, ainda que suscitem uma rica contribuição no imaginário, na motivação e “despertar da curiosidade” de nossos alunos, porém, quando não compreendidos da maneira lógica e funcional, apenas servem de manifestantes da ignorância e da alienação.
Considerando as variáveis produtivas do gênero, nota-se a diferença entre a comunicação entre imagem, texto e sua interpretação conjunta, para uma somatória de informações sem sentido e abstratas, as quais, não atuam coerentemente na construção dos conhecimentos.
A compreensão de nosso mundo tão visada na cartografia e na Geografia descreve a maioria das elucidações prescritas na prática pedagógica produtiva e aplicada de maneira a anunciar a evolução das idéias e do conhecimento holístico, pois, são instrumentos utilizados desde os primórdios da humanidade para a localização e proficiência de nossa espécie.
Conclui-se que a cartografia é um dos instrumentos fundamentais para a identificação de nosso espaço geográfico, do mundo que conhecemos e de tudo que envolve a localização do ser humano em seu contexto, experimentado ou não, ilusório ou não, verdadeiro ou fictício, profissional ou amador, literário, científico, organizado, político, social, ecumênico, étnico, lingüístico e fundamentalmente pedagógico.


CONCLUSÃO


A Geografia sendo a ciência dinâmica que é possui a magna importância na história da humanidade e na construção de um ser humano, complexo, determinado, transformador, construtor, conquistador, cientista, profissional, cidadão e aluno. Esta ciência caminha na sua evolução, assim como nós, os seres humanos caminhamos para a nossa tão sonhada emancipação como pessoas evoluídas ou não.
Sentimos a necessidade de se desobstruir as veias de circulação da sabedoria comprimidas por um sistema arcaico e falido de ensino, ao qual fomos submetidos, e infelizmente ainda somos, a desmistificação de glória aos burgueses capitalistas, o qual, segundo eles, detém o conhecimento o afastando cruelmente das classes menos favorecidas, visando à eterna escravidão proposta desde o surgimento deste sistema que destrói sistematicamente a diversificação tão gloriosa da raça humana, e seu multiculturalismo.
Somos os responsáveis pela transformação deste ensino apresentado por décadas a fio, subjugado por sistemas ditatoriais e esquizofrênicos os quais delimitaram e perseguiram os pensamentos mais sublimes de liberdade, igualdade e justiça.
É nosso dever mudar o mundo que conhecemos e transformá-lo em um lugar livre e justo, onde todos os conhecimentos passem a ser de domínio público e que a austeridade deste neoliberalismo capitalista caótico e distorcido, não degenere ainda mais a educação e nossos sofridos alunos, os futuros cidadãos brasileiros, ou cidadãos do mundo.





























BIBLIOGRAFIA

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QUAINI, M. Marxismo e geografia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.






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SÃO PAULO

SÃO PAULO
A SELVA DE PEDRA

Impressionante!!!

Impressionante!!!
Tudo realmente é possível...

Coincidência? Ou...

Coincidência? Ou...
Um capricho da natureza????