terça-feira, 13 de setembro de 2011

A arte de"Caravaggio", Arquiteto?Pedreiro?Escultor? Sei lá...Multimedia?

Um filme maravilhoso...
A história de um artista, muito à frente de sua época...
Um homem polêmico...
A arte nua e crua...
Simplesmente atormentador.
Sentimentos à flor da pele!

 

Michelangelo Merisi de Caravaggio (1571-1610) era um homem obcecado por momentos únicos em que o ser humano é subitamente tocado por algo, quando na verdade ser “tocado” no caso, tinha um sentido extremamente literal e ás vezes físico.
Os corpos sofrem com os acontecimentos e expressam todas as suas reações.    
         Das meditações de São Jerônimo à decapitação de São João Batista, fatos que inspiraram sobremaneira a carreira deste homem, do egocentrismo de Narciso aos flagelos do nazareno, sempre existiram fatos transformadores, as surpresas que flagram corpos e invadem os espíritos.  Michelangelo com frequência retratava cabeças degoladas, semblantes de espanto, feridas abertas, serpentes e caveiras, torturas, sacrifícios dentre outras mazelas, e também cenas de extremas glórias celestiais. Seu lado arquitetônico tinha em seu ser, a responsabilidade de dar vida as suas obras.
As obras em igrejas despontavam e sua clientela aumentava vertiginosamente e com tantas construções, sempre se podia notar a singularidade de cada composição em si, coisa de artista caprichoso, metódico e detalhista, mas, sem perder a singeleza e leveza do ser.
Ao contrário do que se pensa a loucura não era um dom para Caravaggio, enfim com suas técnicas “lapidadas” ao extremo, este homem, consegue confundir as tintas com as emoções, as cores com as sensações, a profundidade com a dor, e a solidão com as paredes, ou tetos.
O braçal tanto questionado pelo refinamento da época, e hoje também, nunca limitou a arte deste “construtor de emoções”, muitas das escoriações causadas por macetes e martelos, se confundiam com a serenidade do olhar de seus santos retratados nas capelas e museus de hoje, de amanhã e sempre.
Aristocratas e cardeais eram seus mecenas, afinal, era necessário o patrocínio para a ascensão de sua arte e para que esta mesma arte, hoje possa se tornar acessível, mesmo que de forma virtual para toda a humanidade.
Um JESUS gordinho, um contraste entre a luz e as sombras, o ato de contrariar o lógico, e a aventura de ser ele mesmo, numa época em que contrariar a nobreza poderia significar a própria morte.
Este filme mostra um pouco do que foi este gênio, com seus defeitos humanos e seus dons de deuses.




Caravaggio (Reino Unido, 1986)
Direção: Derek Jarman
Elenco: Nigel Terry, Sean Bean, Tilda Swinton, Robbie Coltrane
Duração: 93 minutos



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SÃO PAULO

SÃO PAULO
A SELVA DE PEDRA

Impressionante!!!

Impressionante!!!
Tudo realmente é possível...

Coincidência? Ou...

Coincidência? Ou...
Um capricho da natureza????